segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Rolando por aí

Tanto lá como aqui. Não importa mais quem vem ou quem foi. O que resta pra olhar, sem desviar os olhos, é o caminho que se tem a frente.
De onde viemos, bem longe, é a recordação que flutua livre. Na verdade, recordações.
E de pronto, sabemos que não lembramos mais depois do primeiro passo. As vezes dói.
E as vezes alegra. Um fato apenas basta. Uma imagem apenas preenche a tela. Pequena. Simples...
Simplesmente isso é que desejamos. Não somos totalmente invencíveis. Fraquezas mínimas nos põe de joelhos. Somos outro tipo de seres. Perdidos em meio a idéias mirabolantes e atos iguais, sem a mínima noção do resultado.
E sonhamos...demais, as vezes. Todos os dias. Não damos espaço para realidades pequenas. Gostamos de pensar que não temos freios. Nem limites. Cuidado, então, ao passear conosco.
Tanto lá como aqui. Lembre-se: depois do primeiro passo, não há como voltar. Contente-se com o futuro.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O lugar? Já não importa...

Há muito tempo! Tempo demais que ouço a mesma frase, que já parece sentença: "Só eu sei o que vivo."
Sim, só voce sabe. E, de comum acôrdo com seu travesseiro, ninguem mais.
Porque?
Me desculpe, mas...só você sabe.
Faz segredo. Sussurra nos corredores. E ninguem ouve.
Chega a imaginar que fazem conspiração. Desvia os olhares. Sorrí no canto dos lábios. Dissimula.
E tudo isso pra não dizer que gosta. Pelo fato de que não te respeitaram, diz você.
Um dia.
E aproveitou a desculpa. Fechou-se num mundo onde há contrôle.
Confôrto.
E nada mais, fora dele, faz sentido. Nós, os que ficamos de fora, somos altamente culpados. Sem apelação. Uma sentença.
Resolveu encontrar sem procurar. E acredita que achou.
De noite, olha ao redor e vê o seu mundo perfeito. Limpo. As pessoas que ali habitam são quase plásticas.
E dizem "sim". Acha bom. Pra que buscar?
Pra que andar na chuva?
Porque esperar?
E sabe que um sonho pode mudar tudo isso. Mas não dorme. Diz outra palavra: Vive!
E sabe das pessoas que põe em perigo esse universo. Afasta-se. Novas amizades são renovação, diz.
Tem medo das sombras. Elas estão em toda parte.
Quem ficou lá atrás não importa mais. Por mais que seja relevante.
Não há o que pensar, diz. Esse é presente que escolheu. Tem o poder supremo de preservá-lo.
E colocar uma porta trancada na entrada.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O ATO

A bailarina não foge do guerreiro. Ao contrário!

Seu corpo flutua no silencio. Seus olhos são como flechas na direção certa.
Afasta-se por um momento, como a advinhar a posição do inimigo.
E volta-se com maior ferocidade, envolvendo o corpo adversário num
movimento gracioso...e mortal.
O guerreiro não entende o golpe. Desvia-se no ultimo segundo. Mas fica ferido. E tropeça. E cai.

Ela observa desconfiada. Ela dança, mas não conhece os mistérios da batalha. Ela salta a frente. E se abaixa para olhar nos olhos do guerreiro.
Não há palavras. Ele ergue os olhos com a mão na ferida. Levanta s braços e consegue agarrar seus
cabelos. Ela tenta escapar. Sem sucesso.
O guerreiro se põe de pé. E grita ferozmente em seus ouvidos. Ela chega a se assustar. Mas entende.
O ato da vitória é supremo diante da submissão. Ela sorrí. Ele tambem.
Ao vencedor, o corpo!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Espera

Minha amiga tem um dom. Ela espera!
Sem porque ou quando, nem alguem.
Sabe como poucos o que fazer, e ao mesmo tempo, sonha com o mundo.
Sobra tempo no seu dia. Não esquece datas.
Sorrí muito. Uma boca linda e um cabelo feito pra balançar ao vento. Na medida.
Minha amiga nem sabe que existimos. Ela apenas percebe. Nos vê ao longe. Silhuetas.
E ela dança. Movimenta-se. E sorrí mais uma vez.
Esperando um tempo nôvo. Um tempo que, ela acredita, vai trazer alguma coisa diferente. Sem travas ou vícios. Sem perguntas. Despido.
O importante da sua espera é que nós, os de longe, não precisamos perder tempo em advinhar.
O único fato é que ela estará ali. Ou aqui. Depende de onde ficamos.
E queremos desfrutar de seu dom. Que bom que você existe.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pra poucos vol.2

Guardei pra você um segredo. Um dos pequenos, mas é pra você.
Ele é simples. Cabe em seus ouvidos e não pesará na sua consciencia. Não despertará nenhuma dúvida nem vai gerar suspeitas.
Voce entende, não?
Um segrêdo tem que ser dividido. Metade pra mim e a outra metade, pequena, pra alguèm.
E escolhí voce. Pela sua doçura em tempos escuros. Por sua vocação de amiga. Pelo fato do telefone tocar a noite e ser seu numero que aparece na telinha.
Você é apenas uma pessoa. Não te chamarei de especial, já que todo mundo se acha assim. Aliás, um mundo onde todos buscam o ato imediato e acreditam que o que será, já foi...é cômodo.
Meu segrêdo é fácil. Não espere algo fantástico. Você nem acredita nisso.
Mas ainda assim, é pra você.
Guarde-o.
Eu acredito em você!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

For Elizabeth

Não ví você. Pudera. Não me lembro da sua cara. Nem sorriso nem chôro. Nem um piscar de olhos por qualquer cumplicidade. Nem um grito de dor ou um sussurro apaixonado.
Não me lembro. De seu caminhar lento, tentando deixar pra trás todo mundo. Do seu aceno no fim da rua. De tentar esconder uma carta. De sofrer sozinha. Não me lembro, sério.
Talvez eu não queria ver você. Ou seria o contrário? Tenho minhas dúvidas.
Mas, quer saber? Gosto do falar seu nome. "ELIZABETH"
Mas não consigo ver sua cara. E não me lembro se voce realmente quis sumir da minha vida. Não me lembro da briga(se houve), nem da palavra dita na hora errada(será?) e muito menos de ter saído correndo de casa.
Não me lembro da sua vontade de querer olhar a rua, nem das pessoas que entraram na sua vida pela porta ao lado, não me lembro.
Gostaria de lembrar. Nem se fôsse por um segundo. Pra poder reativar minha memória nestes arquivos que nosso HD deleta meio que falsamente.
Sabe, é dose sentir isso. È over!
Olha Elizabeth, entenda, não me lembro da sua frase famosa (se é que voce disse), que eu não seria seu ponto de equilíbrio pelo fato de não entender porque as coisas tem que ser sempre assim. "Assim" como, minha amiga?
Não me lembro de mais nada. Ah...na verdade, lembro sim. De uma simples e pobre imagem.
De nós dois. Numa tarde qualquer. Numa época não muito distante. Eu não vejo você nela. Foi onde entendí o que significa deletar alguem da sua vida.
Abraços

sábado, 6 de novembro de 2010

Manutenção de Elevadores-AQUI

Do seu jeito, existe provavelmente, um tempo pra pensar e outro pra agir.
Pensar por causa dos outros. Agir por motivos óbvios!
E você se cansa. As vezes...
Uns dias, é alguem te pressionando; Em outros, só você.
E, do seu jeito, existe provavelmente, um dia pra fazer a faxina e outro pra sujar de nôvo.
E, claro, você cansa...sempre.
Limpar pelo simples fato de não suportar as coisas imóveis, indefesas em seus lugares eternos.
E saber que no momento seguinte, elas estarão lá, novamente com poeira. E você chama isso de mediocridade, sem saber ou perceber que tambem faz parte disso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ela disse não!

Hoje voce pode ser capaz de dizer não a tudo. Hoje voce não vai pensar em todas aquelas palavras inúteis, nem ficar reclamando no que alguem poderia ter feito. Não, não!
Voce vai caminhar lentamente pela calçada, fazendo um esforço enorme pra conseguir gravar na mente cada detalhe que puder perceber. Da sua rua, das pessoas que passam, da paisagem imóvel, dos carros...da sua vida. 
Nem vai prestar atenção nos dias anteriores, quando foi lhe pedido algo. Um ano atrás? Dois?...não...nem adianta.
Um pedido, um convite, ou seja lá o que fôra. Você diz não e pronto! Segue adiante...prático, sem mistérios pra decifrar nas noites de primavera.
Voce apenas caminha. Nem ousa olhar pra trás. Seu futuro a aguarda. E o que mais?
Um dia voce ouviu falar de desconstrução, uma jornada interior, sei lá o que. Isso não era exatamente o que voce queria ouvir. Voce gosta de coisas novas, diferentes, aventureiras...mas, desde que estejam dentro do que voce chama de risco controlado.
Fácil, simples e que possa ser contado pros amigos. Claro, voce é um ser humano. E os outros...bom, são coadjuvantes. 
Voce disse não, lembra?...Nada de caminhos alternativos, hein?
Um não que fechou um deles. Um som curto mas de longo impacto. Tres palavras. e um acento!
Um não categórico, elegante...bem de acordo com sua personalidade, própria de quem tem muito pra falar e pouco a acrescentar.
Será que foi um convite? Hummm...faz tempo, não (quero) me lembro.
Apenas caminhar. Sem poder saber onde um "sim" poderia ter te levado.

sábado, 16 de outubro de 2010

Jeans usado


Cara, voce já olhou pra trás? Voce viu o que tem de coisas? Pois é. E ninguem me avisou que o tempo faz isso. O mais curioso é a nossa caracteristica de ficar substituindo alguns momentos antigos por imagens novas. Sério, voce já fêz isso?
Tipo assim: pegar qualquer momento que voce acredita ter sido um 'bom" momento, que está aí, na sua memória, e de repente, numa sensação "deja vu", imaginar que o que está acontecendo agora é semelhante!
Entendeu?
Aí é que está. O resultado disso pode ser uma expectativa "over" e uma subsequente frustração...
E a gente fica imaginando que o tempo voa. Na verdade, eu creio que somos nós. Acho que não ensinaram pra gente a eternizar alguns momentos.
E uma pergunta final: Quantos momentos voce pode se lembrar em que você foi você mesmo, sem tentar ficar agradando alguem?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tá procurando alguma coisa?

O que?
Mas antes de alguma coisa, pense: porque?
Senão já era qualquer definição que você possa
imaginar sobre o início dessa busca, concorda?
Tá com um gosto de domingo a noite na boca?
É, eu imagino. Ou será que todos os domingos pra voce foram iguais?
Se foram...bem, então volta um pouco a fita e reorganiza essa busca.
Porque não tem nada pior que buscar algo que você já encontrou e não percebeu.

domingo, 26 de setembro de 2010

Coq au mix (frango misturado?)

1/2 k de filé de frango
farinha de milho(sua medida preferida)
50 gr alcaparras
50 gs azeitona preta
uma colher pequena de manteiga
creme de leite(sua medida preferida)
50 ml molho de tomate
sal a gosto
Modo de fazer: cozinhe o filé de frango e desfie.Depois coloque para refogar junto com a alcaparra e as azeitonas, adicionando os temperos de sua preferencia. Na sequencia,  coloque a farinha de milho e um copo de água. Vá mexendo pra não grudar. Deixe borbulhar até reduzir a agua. Adicione o sal . Regue com o molho. Deixe uns 3 minutos. Desligue o fogo e coloque um pouco de creme de leite. Tampe e aguarde uns 5 minutos. Sirva.
Não sei se voce vai gostar, mas o meu, voce um dia vai ter que experimentar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pra poucos e bons

Ok! Voce não consegue decidir. Olha pro lado e não vê alguem te apontar a direção. Olha pra cima e não ouve a reposta à suas preces.
No fundo, voce sabe que não ouve é voce mesmo, não?
Ah! Não deu pra entender "aquela" mensagem. Certo!
Afinal, a pessoa não era quem voce queria. Bobagem ficar dando ouvidos.
Pior ainda: não aceitou aquele convite? Imagine! Pra que sair com pessoas assim?
Quem decide afinal essa joça aqui?
Voce tem sonhos, quer alcançá-los. Voce tem desejos, quer saciá-los. Faz parte do processo humano, voce acredita. Ou não.
Sim...sim...vejamos o seu inventário de dificuldades que voce guarda num armario qualquer:
1) antipatias gratuitas
2) ressentimentos variados
3) uma alegria autentica, escondida bem dentro de si.
e por ultimo: as vezes, melancolia em fins de tarde.
Voltando a sua inquietação, não há nada errado em sair procurando alguem, seja lá quem fôr ou por qual motivo. Conte seu sonho.
Saia correndo feito um louco e não disfarce, será melhor verem voce assim mesmo, como é.
Não perca tempo marcando o tempo. Ele nunca é o mesmo.
Só estou tentando ajudar.

domingo, 5 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Uma tarde em 1981



Cheguei á entrada da fazenda por volta da uma da tarde. Meus amigos vieram no segundo carro,mais tarde, após terem trocado um pneu furado.
Nada demais, pensava eu. Passeio de domingo com amigos são assim, principalmente no campo.
A semana foi chata. Trabalho demais no banco. Gerente pé no saco e uma mulher horrível, caixa por sinal, que cismava comigo, tentando botar defeito nos meus relatórios.
Ainda bem que vim no carro certo!
Me arrumei na casa. Troquei de roupa e fui até o lago. Uma tarde de sol e não ter que ficar falando algo. Pra quem quer que seja.
Sentei-me na beira, olhando sem compromisso o fundo do lago. Não havia peixes, pensei. Pensei em pescar...fiquei frustrado.
Foi no intervalo entre olhar o lago e imaginar uma pescaria que olhei na direção da outra margem: uma garota. Sózinha, dançando na ponta dos pés, fantasiando talvez um espetáculo sem platéia.
Fiquei olhando sem piscar. Ela não se importava comigo. Rodopiava na margem, quase caindo, talvez pensando que caso caísse, teria alguem por perto. Não sei.
Imaginei um inicio de conversa. Desistí. Ela estava única, senhora total do seu espaço. Não havia limites.
Rodando e rodando, ela deixava cada parte de seu corpo sentir o movimento. E por fim, parava. Levantava a cabeça e olhava em minha direção, para em seguida abaixar o olhar como se percebesse que eu a admirava. Eu ficava perdido com minha imaginação. Lindíssima, mesmo sem vê-la de perto. Misturei imagens reais com aquela visão improvável e criava ambientes onde nos falávamos. mesmo sabendo que sua figura não sobreviveria a uma cidade.
Em algum momento daquela tarde, ela parou de dançar. Eu aguardei seu próximo movimento, mas percebí que alguem a chamava.
E ao voltar aos meus pensamentos sobre o lago, percebí que queria dançar. Sózinho ou com alguem, sei lá. Foi nesse momento que meus amigos me chamaram. Era hora de ir. O tempo é relativo nesses momentos. Rápido pra quem os vive, lento pra quem deixa passar.
Bom, nunca mais voltei aquela fazenda. E nem soube quem era a garota. Prefiro pensar que ela ainda dança perto do lago, mas deve ter se formado. Uma bióloga talvez?
E adoro imaginá-la naquela tarde. Não precisei saber seu nome nem tocá-la. Nada de conceitos sociais estabelecidos numa cartilha que nem sei se existe. Apenas a garota, o lago e um sol.
E uma tarde que ficou na memória. Pra sempre. E não tem nada demais em dançar sozinho.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pontos de vista

1º ATO: 
Ele, aguarda seu oponente.
Ela, pronta para o ataque.
O olhar em direção ao outro. As mãos esperam apenas um sinal. Um permanecerá.
Ele dá um passo a frente.
Ela fica imóvel. A espada perfura a carne. Ele desvia o olhar.
Não há sentimentos. Não há proximidade. Só um corpo ao chão.
Sem arrependimentos. Sem olhar para trás. Alguem segue.
2º ATO:
Ele, gesticulando e gritando.
Ela, ouvindo e sentindo.
Um olhar rápido. Um desprêzo comum. E muitos sonhos sem finais.
Ele procura o que não existe mais.
Ela aguarda um sinal.
Nenhum dos dois percebe o que virá. Nem querem.
Movimentos rápidos. Mãos procurando apoio. Um cai. 
Sem sonhos. E ela sente o que perdeu.
Ele não quis procurar mais.
3º ATO:
O público assiste. Nós atuamos. E todos vivemos. Nem tão entusiasmados, mas sempre buscando o aplauso.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pessoa para uma tarde qualquer

"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!

É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!

É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Baudelaire para uma noite qualquer


-Na declaração dos direitos do homem esqueceram-se de incluir o direito a contradizer-se.

-O homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes.
-Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente.
-Só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos.
-O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice.
-Homem livre, tu sempre gostarás do mar.
-A imaginação é positivamente aparentada com o infinito.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Órbita


As vezes voce entende, não?
Quer saber o que acontece, quer ver, tocar ou trocar palavras.
Olhe a sua volta. Isso é o que você é. Você aceita?
Por mais que tente ficar escondida. Por mais que se isole de tudo o que voce sente falta.
As vezes...só as vezes.
Pois seu tudo é muito pouco de acôrdo com seu entendimento. Falta um pouco mais.
É como se fôsse um vazio sendo preenchido devagar.
Uma bola de ar, lentamente se enchendo, amargamente ficando maior e inevitavelmente explodindo...
Mas você consegue ver lá na frente, porisso economiza o ar, cuidando para que as coisas não fujam ao contrôle.
E foge do que te assombra, mesmo sendo fantastico.
Escapa do que lhe persegue, sabendo que as vezes, só as vezes, pode ser um pedido.
E não tem mais significado. Acaba só. Olhando o teto. Sem fim.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pensando bem, quem tem?


Elizabeth pensava em tudo! Saía pontualmente as 7:20 da manhã e passeava com seu cachorro. Voltava á casa as 8:10 e ás 9 saía para o trabalho. Aliás, é bom ressaltar que ela era muito elogiada.
Na verdade, aos 16 anos havia desenvolvido um método para sair da cama rápidamente: colocava o despertador para 6 hs e ficava acordada até as 7.
Pratico e eficiente. Ela!
Hoje, aos 32, continua sentindo os efeitos certeiros do método.
Mas...pensando bem, tudo ficava fora do eixo após chegar ao trabalho. Claro, nem tudo é perfeito, nem essa historinha.
Pra começar, quando avistava sua mesa de trabalho, já se deseperava. Era a maior bagunça. Nunca achava nada que precisasse. Sem contar seu computador, que, de organização nunca tinha executado nem um mísero anti virus.
Seu chefe ficava com pena, mas ela era uma ótima líder(pros outros). Conversava com outros funcionários, ajudava um e outro quando podia e o mais importante, era a babá de suas filhas.
Digamos que Elizabeth era uma profunda conhecedora do coração humano(dos outros).
Não, não era casada. Namorava aqui e ali, mas...homem é fogo, não?(pensava ela)
Ela gostava de sua independencia. Morava com seus pais, velhinhos e adorava cuidar deles. Ganhava mais ou menos. O bastante pra comprar suas roupas e faltava muito pro seu carro.
E assim, a menina seguia dia após dia. Mas...rssss....claro....o dia sempre é seguido pela noite e nessas horas ela entendia sua vida.
Livros ela ja tinha lido quase todos que havia pra se ler. Discos?...gostava de tudo. TV então...era  que ela amava. De paixão. Quase que se envolvia com tudo que assistia. Mas ela não era tão maluca assim, claro.
Tinha sonhos? Eis uma pergunta que talvez ela não soubesse responder. Todos temos, mas poucos tem coragem de vivê-los, dizia ela.
Você, que está lendo isso, ja deve ter conhecido uma Elizabeth.
Mas a nossa Elizabeth podia ser diferente. Ela tinha um método. Simples talvez, mas era só dela.
Secretamente, um dia Elizabeth revelou o que ela gostava de verdade: "Olhar pela janela de seu quarto."
Pense bem, ela diz, quanta coisa maravilhosa acontece além dela? Quantas pessoas interessantes, quantos eventos maravilhosos e, sim, as aventuras...ahhh, de todos os tipos e duração. E do jeito que eu quiser.
Sua cabeça rodava quando pensava nisso. Quase um orgasmo.
Mas...claro...até sonhos secretos acabam um dia. Precisou vender a casa. Estava só. E mudou-se. Da casa e do trabalho.
Foi para uma casa menor e com janelas demais. Adorou. Passava horas e horas olhando por elas. E vivendo suas aventuras sem compromisso.
As ruas estavam cheia de pessoas indo e vindo. Carros de todos os tipos. Arvores. Pássaros e cães.(os seus) E ela estava feliz em seu quarto. Em seu mundo. Em sua cama. Só!
O despertador toca. Eram 6 hs. Hora de se trocar, arrumar a sua marmita e ir de encontro ao trem para mais um dia de trabalho.

sábado, 24 de julho de 2010

Pequenas revoltas


...e assim, a linda e exuberante Alice, ainda que bem pequena, decidiu que nem todo mundo merecia sua atenção. Revoltou-se na escola, ao dizer que ja sabia tudo o que seu professor queria ensinar. Pura besteira, dizia.
Na volta para casa, encontrou o carteiro e lhe perguntou se havia alguma carta, vinda de alguem triste. O homem lhe responde que não sabia, pois as cartas só podem ser abertas pelo destinatário. Outra besteira, pensa ela, afinal, é só uma questão de ver de onde vem.
Em casa, via sua mãe, seu pai, os irmãos e o cachorro. Mais um cenário mal montado para seu grande papel.
Resolveu que iria morar no quintal. Numa barraca inprovisada temporariamente com o lençol de sua cama.
Desisitiu após meia hora. Eram muitas as formigas. E ela gostava delas. Mas era incômodo.
Hora do almoço: não iria comer. Nem um pouquinho daquela maionese fantastica que sua mãe preparava só por sua causa.
Greve de fome, pensou. Como nos filmes.
Foi rápido o pensamento. 15 minutos depois, voltou à mesa. O prato estava esperando.
A tarde, chegaram os colegas. 3 para ser exato. Iriam passear com a mãe de um deles. Falou que estava com dor de cabeça(coisa de adulto) e foi pro quarto(que não era dela). Sua mãe disse algo imcompreensível, tipo: deixa ela aí, vou dar um remedinho!...Foi o bastante...voltou rapidinho pra sala e seguiu os colegas até o carro.
No caminho do passeio, Alice pensava com calma...o que fazer a seguir? Fugir para a sorveteria? Esconder-se no parquinho? Dúvidas...dúvidas...
Nem um nem outro...Foi conversar com um menino que estava chorando.
Ficou olhando o garoto por algum tempo e mandou uma pergunta: Porque?
O garoto olha pra ela, que não conhecia, e responde com cara de chôro: "Pra ver se minha mãe olha pra mim."
Alice capta a mensagem, rápidamente. Volta para seus colegas. Aguarda o fim do passeio.
Ao chegar em casa, vê de nôvo o cenário do almoço. Para por um segundo em frente a sala e vai pro quarto(dela).
Hora do jantar: Ela planeja um espetáculo. E desce até a sala, bem tranquilamente. A pressa é inimiga da sensação.
Senta na mesa e chora(falsamente). Sua mãe pergunta o que aconteceu. Ela fica em silencio. Na verdade não sabe o que fazer. Sua mãe pergunta de nôvo. Ela continua muda.
Por fim, seu irmão pergunta e ela responde: Pra ver se a mamãe olha pra mim!
No que sua mãe, rapidamente diz que já está olhando pra ela.
.....?????
Alice foi até onde podia. Até onde sabia. Concordou consigo mesma que já era muita emoção pra um dia só.
Amanhã eu resolvo como vai ser o próximo roteiro.

sábado, 17 de julho de 2010

Aprendiz de gente


Minha amiga Emily não tem muita coisa que possa chamar de sua. E eu digo isso de verdade, na verdadeira forma da frase.
Na ultima vez que a ví, ela morava numa casinha bem pequena, junto de sua família. E alguns gatos...dois se não me engano.
Mas...ahhhh, ela é feliz. E é bem resolvida, apesar de seus longos 14 anos.
Bom, deixa te contar o verdadeiro assunto: recebí seu e mail há 3 dias, numa noite de chuva intensa, em que desistí de sair de casa com mêdo de resfriado.(pode?)
A mensagem parecia de outro mundo...rssss...sério!...Ela é dramática demais.
Uma só pergunta ela me fazia: "Alguém pode decidir meu destino além de mim?"
Hummmm....confesso que demorei exatos 10 segundos pra entender de quem era a mensagem e que pergunta era aquela.
Fiquei imaginando Emily, furiosa, pelo fato de sua familia estar de mudança para uma casa maior e como consequencia, as habituais mudanças de escola, amigos, etc...
Imaginando a cara dela ao ouvir a noticia de que seu pai havia ganho uma promoção em seu trabalho e um salário melhor. Para Emily, isso não tinha sentido. Aos 14 anos, a vida é simples.
Na verdade, imaginei que por tras daquela pergunta havia a dura e cruel sensação de que acabaram com sua inocência. Sim! afinal, deram a ela o que pensar: "algumas mudanças tem seu preço."
Emily, afinal, aos 14 anos não é tão diferente assim de alguns adultos(a maioria) que conhecemos.
As vezes, demoramos a aceitar essa verdade. Gostaríamos que as mudanças apenas acontecessem, sem nos levar junto.
Enfim, se demoramos a entender as mudanças, sofremos. Se mudamos ou somos mudados, achamos que sofremos...vai se entender...
Emily se mudou. Sofreu. Mas deve estar vivendo num nôvo mundo, acredite!
Muitos de nós ainda sofre pra entender esse nôvo mundo. Acreditam ainda que tempo bom era o de antes.
Era?
E o mais irônico dessa história é que no rodapé do e mail, Emily escreve que ganhou um quarto só pra ela!
Entendam uma coisa, people: Emily não tinha nada de seu, nem quarto, nem celular, nem vestidos novos, nem computador(agora ela deve ter acho eu).
Deu pra sacar agora?
Bom, vou responder a pergunta da Emily da seguinte forma:
Pode ser que, no momento, é possível sim, que alguem decida seu destino, mas, escute bem, impossível será, se voce se acostumar com isso ao longo de sua vida, tá?
Abraços, garotinha, e não se preocupe com nada, desfrute muito de seu quarto. E não se esqueça de colocar os gatos pra fora.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Há vagas






Nem sempre voce irá entender, nem sempre aceitará...mas algumas coisas são certas:
1) os outros parecem todos bem resolvidos
2) aquela pessoa parece ser tão especial
e como último ítem: 3) Nossa! como sou estranho.
E feito essa auto análise, pense que, você, um distinto e elegante ser humano, quer muito, mas muito mesmo, dar um abraço em alguem. 
Acertei?
Beleza então. Vamos adiante.
De repente, uma luz brilha em sua confortável cabecinha e você, após conversar exageradamente com seus melhores amigos e amigas, consegue ver uma ou duas coisas:
Uma) Eu me decepcionei com alguem
Duas) Nossa! eu sou apenas uma pessoa.
E aí, chega o ponto onde você entende que expectativas são só fantasias que podem ou não se realizar. E que se você não sacar sua própria identidade, os outros vão parecer melhores mesmo.
Ah não...não me entenda mal...por favor. Voce sabe do que estou falando,não é?
Força...você consegue! Não tem jeito...é subir ou...subir.




segunda-feira, 28 de junho de 2010

A propósito do post passado

Não há como incendiar o céu com uma vela. Pode tentar a vontade.
Grite quanto quiser. Chore solitariamente pelos cantinhos mais escondidos de seu mundinho. E tente acreditar que o que está fazendo é de verdade.
Nós sabemos o que realmente importa. E isso é a pior verdade.
Pois fugimos da realidade embelezando-nos em frente ao espelho. Pintamos nossa face. Somos sempre o outro. Pra tornar mais fácil qualquer dor que por acaso sintamos.
Tememos a dor. Não temos resistencia ao que nos atinge. E nem procuramos ao menos saber de qual direção veio o golpe.
As vezes, voce sente-se covarde?
Então, grite ainda mais, até perceber sua voz sumir. Até perceber a verdade indestrutível: será que alguem escutou voce?
E depois?...ah, o depois...
Somos todos seres esquisitos afinal. É opinião da maioria. Eles acham normal ser apenas comum.
Pra que mais, não é?
Continue em sua concha. Feche-a quando pressentir perigo. Não haverá críticas, prometo.
Afinal, ser comum é o que você mais almeja em seu presente.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O que voce merece?


Eu mereço você. Posso enumerar uma lista de motivos. Posso ficar te enviando varios e mails relatando o que realmente importa. Mas...(que coisa hein?)...quase ia esquecendo de considerar que talvez voce não me mereça. Aháa...tava ficando alegrinha, né?
Olha...aqui está um ótimo tema pra você ficar esquentando a cabeça no próximo feriado.
E eu...rsss...num tô nem aí....

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nem tudo é o que parece

Voce ja parou pra pensar que algumas coisinhas (isso mesmo, no diminutivo) só aparecem pra causar um desespêro momentâneo? E pior, passados alguns míseros momentos, voce já se recuperou?
Pois é. Pense nisso em algum momento.

sábado, 15 de maio de 2010

Tudo de bom...sempre em nossos caminhos!

E a gente pode ser muito, muito feliz.
Creia. Tá tudo aí.
Olhe pros lados, pra frente e não se esqueça de dar uma olhadinha atras, porque tem que ficar esperto.
Pule. Um pouco só, uma vez ao dia. Pro sangue subir e descer.
Fale. Sózinho ou com alguem. Compartilhe.
Veja tv, ouça o rádio, navegue na internet...Mas, nao se esqueça de pensar por si mesmo.
Ande. Na rua, estrada ou no mato, não importa. Fique só um pouco consigo.Voce vai enxergar coisas muito legais.
Aprenda uma coisa nova por dia. Faça palavras cruzadas. Leia uma história em quadrinho. Nem comece um livro, sabendo que voce nao vai ler até o fim.
Faça um exercicio físico. Se canse. Porque a noite, vai sentir um sono muito bom.
Escreva uma carta! Não um e mail, eu digo uma carta mesmo, no modo antigo, no qual voce vai ter que se esforçar ao pegar uma caneta e procurar o CEP.
E sonhe. Muito!...E que nos seus sonhos, voce aproveite ao máximo sua imaginação. Sem obstáculos.
E que todos os dias sejam assim, tá? Não perca tempo com pequenos detalhes sem importancia.
Nós somos tudo de bom. Pense nisso, quem perde é quem nem teve vontade de nos conhecer.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Até qualquer curva de uma rua

Um suspiro. Um olhar perdido. Um nó na garganta.
O que voce espera?
Esquecer o passado escrevendo um futuro?
Passeando pela paisagem, percebeu um sussurro. E o seguiu por longo tempo, na esperança de algo diferente do que ja tinha acreditado. Questionou suas crenças quando viu que não tinha uma. E encostou-se em alguma coisa, afim de refletir.
Nessa breve reflexão, que talvez nao tenha durado 5 minutos, aceitou que buscava. Só não sabia o que. Ainda...
Mas sentiu que uma busca requer um objetivo, e achava dificil ter um. Nessa altura, sentiu-se incompleta: não tinha uma crença nem um objetivo. Não lhe bastava os valores do mundo. Havia algo nas entrelinhas...ela sabia.
Mas...ela ouvia sussurros, via sombras, entendia além do que lhe era explicado.
E o mundo se mostrava por completo. Vivia o que sentia, e por vezes, alterava seus sentidos afim de ir mais além. E por um microsegundo, sentia-se enganada, violentada e torturada até.
Resolveu lutar contra si mesma. Rebelar-se enfim.
Dialogou. Orou. Gritou....e por fim chorou. Não pela revelação ainda, mas por saber que tentava sair da ilusão.
Era muito tentador voltar atrás. Havia um mundo. Seja lá qual fôsse ele.
E não achava alguem pra dividir suas dúvidas. Seu único confôrto era uma janela. Não uma janela qualquer, mas uma, por onde podia ver uma porta, e além dela, bem além.
E resolveu ficar olhando. Um pouco, ela dizia a si mesma, só um pouco.
E cedendo as tentações, aos poucos deixou de ver a porta. E voltou a sua vida, onde via pouco, mas vivia muito.
Logo depois, uma outra pessoa chega ao local onde ela estava.
E passa pela porta.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Idas

Somos sempre parte de alguma coisa, fato ou evento. Não paramos, percebe?
O que mais nos chama atenção é poder ir e vir, para qualquer direção e ainda asssim, fazer parte de algum encontro, reencontro ou desencontro.
Encontro quando a gente pode tocar! Reencontro, quando podemos ver...e desencontro, quando deixamos de nos lembrar.
Mas, por um instante, mesmo nos desencontros, há uma conexão, embora tímida, que nos faz ficar mais pertos daquilo que já passou. E, isso, pode ser o bastante pra fazer brilhar um pensamento.
Fazer parte! Não tente desistir disso...nunca.
O que pode ser, e ainda não é, nos deixa uma certeza de que tudo é possível.
Não queira ter a sensação de já ter sonhado demais...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Tudo acontece...é sério


Vamos iniciar assim: você está aí! num ponto qualquer no planeta, parado neste exato momento, pensando. Olhando carros, pessoas e paisagens, aleatóriamente, sem pressão de ter que focar um objetivo. E você acredita que não é o bastante.
Voltar não é uma opção. Lembrar pode ser um êrro. Mas, aproveite por alguns minutos essa sensação, ela pode não acontecer novamente.
Apenas uma sensação, nada de nostalgias ou emoções inevitáveis. Entenda-a!
Pessoas vêm e vão, você sente isso. Atos ou fatos também. Então sinta tudo de uma vez em alguns minutos. Afogue-se e logo depois volte a superfície...para tomar um nôvo fôlego. Isso é necessário!
Digamos que você não queira andar numa direção ou sequer sair do lugar. Ótimo!
Aposto que seu pensamento tambem vai fazer isso. Você quer ficar. Você quer ver o que vem a seguir. Mas não tem certeza se isso é possível. Você ainda pensa no modo antigo. Mas lembre-se que ainda está tentando, então isso é normal.
Há uma esquina a sua frente. Com um bar. Ou uma loja, tanto faz. E dentro, tem alguem.
E voce, por um microsegundo, fica na dúvida se deve pensar algo. Mas não se permite, é dificil. Muito dificil. Nós sabemos...
Fecha os olhos e imagina uma outra paisagem. Um outro alguem na mesma loja...ou bar...tanto faz. E sabe que caminhos foram feitos para serem seguidos. Sempre a frente.
Há lembranças...fragmentos jogados na mente de momentos que voce acha importantes. Alguns sim...outros voce descarta. E mais no fundo, há alguns inesquecíveis ou impossíveis de serem deletados.
Mas esses voce ainda não tem acesso. Pertencem ao "alguem", aquele do bar, ou da loja.
Voce olha ao seu lado. Percebe, mas não interage. Voce não conhece. Ainda...
Resiste a vontade de lembrar. Imagina ver uma pessoa. Aquela pessoa. E não sente que isso é a vontade de voltar.
Para de novo. Agora, além de perceber alguem ao seu lado, olha com seus olhos fixos.
E enfim, vê...
E entra no bar(era um bar mesmo), puxa uma cadeira e fica sozinho.
Mas não tão solitário...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Não há talvez


Sem palavras, não há nada além de um soluço.
Sem trocas não há encontro.
Sem olhares não há imaginação.
Sem o mapa...há um caminho.
Perca-se!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pra todos que ainda lutam


Por voce, que tenta ainda, sem saber porque, e detestaria descobrir, pois sabe que, é mais legal ir pela intuição.
Encontra qualquer coisa, fica curioso e se entrega de corpo e alma.
Briga pra manter. Defende a necessidade de existir, ali e agora. Chora quieto, sem mostrar o motivo. Não há reclamação.
Se põe na frente dos disparos. Sabe que, ao guardar o direito universal da expressão, está sendo coerente consigo mesmo. Fala num tom alto quando há opressão. Luta!
Não há lados opostos. Só pessoas querendo se comunicar. Não discute, debate.
Ama. Porque sabe que essa linguagem é única e todos entendem...oops, nem todos, desculpe.
Mesmo assim, acredita. Sabe que se não acreditar, é uma batalha perdida. E não existe uma coisa mais dolorida do que perder uma batalha pra si mesmo. É o que chamamos de derrota intima. Desesperança.
Olha as manhãs como uma nova página a ser escrita. Define a noite como um tempo de meditação. Repassa as estratégias. Não comete os êrros do dia anterior. Melhora dia a dia.
Voce é um guerreiro. Um dos poucos que sobraram. Uma guarda de elite que foi se despedaçando aos poucos durante os milênios. Mas voce resiste. Alguem tem que estar lá.
Voce sabe. Os outros não.
Sua responsabilidade é duas vezes mais rígida. Porque voce sabe. Os outros não vêem.
Preferem não ver. A indiferença virou rotina nas suas vidas. É mais fácil, cômodo e conveniente.
Voce acha isso normal. O campo de batalha fica maior.
A luta tem que ter um sabor de heroísmo. Os atos ficam maiores. Cada um que puder salvar se torna um crente. Com fé.
Voce ainda luta. Pelo prazer de estar vivo. Porque a vida é uma celebração. Uma dádiva de Deus. E não há nada maior que isso.
Ainda existe essa guarda de elite. Poucos. Íntegros. Com códigos de conduta. Honrados.
Eu saúdo e brindo a voces. Nobres seres humanos. Frágeis e invenciveis. Pois suas almas contem a essencia de tudo que é divino.
E não há nada que possa superar os que ainda lutam. Eles estão por aí. Preste muita atenção. Eles são guerreiros ocultos. Mas aparecem sempre na hora.

terça-feira, 2 de março de 2010

Apenas uns momentos...


Um minuto pra te entender.
Um segundo pra esquecer.
Do lado de cá, um olhar.
Do seu lado aí, quem sabe?
Voce é simples. As palavras não expressam realmente o que voce quer dizer. Rodeios e meios termos num redemoinho de bobagens sem sentido.
Não entendo realmente. Sua distancia. Seu descontentamento com o impossível...com o tempo.
Você, pelo que vejo, perdeu o dom. E isso é realmente triste. Pra você!
Voce não deixa os dados rolarem. Não aposta mais. Não joga mais pelo prazer apenas de jogar. Seu caixa é alto, mas o jogo é fraco, muito fraco.
Seu mêdo é sua rotina, já grudada no seu dia a dia.
Um dia...outro dia...um trabalho...o mesmo trabalho. E voce não consegue ver. Nem que fôsse só pra voce mesma.
Então, cheguei a conclusão de que duas verdades são inquestionáveis: a de que não devo ficar te lembrando quem voce foi e que se voce faz seu destino, deve ter esquecido como se faz.
Que fique assim. O hábito deve te dar confôrto. De qualquer maneira, estarei lá na frente.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma ou duas coisinhas


Revelar um segredo não é uma coisa simples. Você que o diga! Aprendemos uma ou duas coisinhas durante a vida e após um curto espaço de tempo, acreditamos que já podemos passar a bola...que pretensão hein?
Bom, deixa te falar então: não...não...não...não é bem assim.
Ítem número 241 do Grande Livro da Realidade:
Enquanto as conveniencias ficarem ao seu redor, voce só vai ouvir o que te interessa.
Seus ouvidos ficarão lacrados para todo o resto.
Número 242 paragrafo 3: Sua incapacidade de prestar atenção ao ambiente vai se revelar muito rápido, o que a levará ao próximo passo: a futilidade.
Sendo assim, com certeza voce não entenderá o que te falam e mais certo ainda voce começará a interromper pra desviar do assunto.
Se voce ainda não faz isso, em breve, fará com muita regularidade.
É como se de repente, um fato importante acontecesse com alguem de quem voce gosta muito, e ao iniciar um diálogo, assim que a pessoa começar a falar, voce começa a esvaziar sua bolsa...daquelas que não se dá pra imaginar o que tem dentro.
E a cada objeto retirado, voce contaria uma estória desinteressante e, claro, deixaria seu pobre amigo ou amiga completamente sozinho.
Que coisa hein?...voce ainda não aprendeu uma ou duas coisinhas não?
Esqueça a sua bolsa. Esqueça as distrações que voce própria inventa pra viver uma realidade que voce sabe não ser sua. A vida não se transfere...isso voce já ouviu, certo?
Guarde seus batons de volta, seu brilho de lábios ou seja lá o que voce tirou da bolsa.
Ninguem quer ver isso. Comece a tirar algumas coisas de dentro de voce...isso sim é que é interesssante.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Olhando ao redor


Pensando bem, não há ida nem vinda. Sem fios, tomadas ou modems. E voce tem o confôrto de dispor de tudo isso. Eu não.
Pode pensar em muralhas, firewalls ou campos de força, é tudo apenas um mísero escudo, criado a imagem e semelhança da soma de todos os medos. E ouça com atenção: isso separa!
Tente ter uma idéia relacionada a um diálogo...pense por um microssegundo. Viu?
O que temer quando se tem um bloqueio? E pra que?
Um sorriso forçado afasta um encontro. Entre os dentes, voce morde o canto do lábio inferior, escondendo pensamentos que não encontram a luz. E tudo isso por nada?
O que te assusta, de verdade? Essa pergunta é antiga e acredito que nós, mais ainda.
Tudo que questiona e complica é tedioso pra voce? que peninha...
É...eu olho muito ao redor dessa fortaleza, na esperança de achar uma falha e poder atacar com todo o exército. Nenhum de meus observadores obtém sucesso.
A batalha se torna longa, intensa, cansativa...mas longe de seu final.
Tenho uma teoria, sabe? Creio seriamente que um dia qualquer, ou noite, quem sabe, alguem de dentro dessa fortaleza irá te trair. E quem sabe,descobriremos o segredo.
E, palavra de um comando: os muros irão cair, lentamente e a conquista será total e incondicional. Esteja preparada!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um pouco da sabedoria de "outros"


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...

Fernando Pessoa

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Minha amiga do futuro


Recebi um e mail de minha amiga Adelle. Foi o primeiro, mas fico imaginando como ela faz isso. Me conta das novidades de seu universo alternativo, universo aliás, que eu sou responsável um pouco pela sua criação. Modéstia a parte claro!
Bem, Adelle é uma menina de seus 15 anos e fazendo jus a sua geração, acredita demais no mundo. Ela, no e mail, me explica como são as coisas lá. E olha que eu nem perguntei. Mas ela é assim mesmo, comunicativa.
Bom, na verdade, eu, bem rápido, perguntei sim, algo sobre comportamento, sei lá...
O assunto nao me lembro muito bem. Vejamos pela resposta dela:
"Olá amigo do passado...aqui corre tudo bem. Aliás, nao entendo como não pode correr, né? Seu mundo ae é meio caótico, mas to começando a entende-lo.
Em vista da sua observação, tenho que te dizer, sinceramente, que as pessoas estão mais de boa em relação ao dia a dia. Realmente, nessa fase da minha vida, que voce chama de adolescencia(??), tenho que aceitar só uma coisa: aprender!
Há uns dias atras estava lendo algo sobre o seu mundo e percebi que, num certo período da sua história, pessoas debatiam muito e não faziam nada, mas por outro lado, deixavam uma espécie de lição para as futuras gerações. Não entendi ainda como funcionava, mas, acho que isso fez com que as gerações bem mais adiante ficassem meio acomodadas, voce não acha?
Veja bem, Parecia que os mais velhos achavam que sabiam de tudo e os mais novos, automaticamente, claro, deixaram as coisas acontecerem e pensavam não repetir alguns erros. Estranho? rsss, muito estranho.
Não sei se aqui esse evento aconteceu. Não seria da minha época, creio eu. Mesmo, como voce diz, com meus 15 anos, acredito seriamente que o mundo sendo esse no qual vivo, sempre ofereceu as oportunidades e o conhecimento, apenas sendo necessário saber enxergar. Aqui é assim, mas pelo visto, aí não né?
Aprendemos isso simplesmente, ver!!!
Voce me disse algo sobre as musicas serem uma especie de comunicação entre as gerações, mas, definitivamente, achei as musicas suas horríveis!
Letras deprimentes, harmonias sem sentido, algo assim que me lembrava pessoas doentes, sério!
Bom, pelo menos, eu analisei assim. Não é algo que realmente eu gostaria de fazer em casa. Acredite, há divertimentos aqui bem mais curiosos.
Gostamos de ir a praia. Adoro a areia branca e os coqueiros. E as gaivotas. E as baleias.
Gostamos de conversar. Muito. Conversar sobre a vida, sobre o dia a dia, sobre o futuro.
Gostamos de praticar esportes. Gostamos de desenhar. A imaginação é uma ótima aliada.
Voce citou algo sobre romances. Estranho, pois essa é uma palavra que não existe aqui. O mais próximo possivel dessa palavra seria aqui algo como "amizade".
É o que chamo de "a gente se encontra". Qualquer dia, hora ou lugar.
Lí alguns textos que voce me enviou. Abstratos eu diria. rsss...e alguns cômicos.
Bom, não quero fazer um mundo perfeito na minha descrição, mas minha geração é boa.
E se eu pudesse ir até ae, talvez voces me chamariam de revolucionária. Ou não. Talvez eu seria bem acomodada. É isso mesmo: acomodada pelo fato de que o mundo se apresenta da forma que o vemos. E pelo jeito, aí as pessoas não conseguem ver.
Tá...deixa pra lá...espero que voce esteja bem e adoro suas mensagens, mas ainda nao entendi como voce consegue. Fique bem e nunca perca o próximo capítulo, ok? (isso é uma gíria aqui, deu pra entender?)
Saudações de 2050!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Vôo paralelo


Não haverá nada que possa te convencer do contrário. Nem motivos, objetivos ou adjetivos. Aqueles que voce tanto gosta. E não haverá prova absoluta de que nós conversamos. Todos os registros parecem terem sido apagados...pena.
Mas...o que leva ao segundo pensamento: quem continua tentando?
De um lado há sempre uma distração, e do outro...rsss...nada né?
Só eles olham pelo espelho, ninguem tem mais coragem. As imagens parecem dispersas e o horizonte, bem longe.
A ultima vez que voce acendeu uma vela foi há muito tempo, tempo o bastante para ela se apagar. E não iluminou sua imagem como eles queriam. O espelho ficou virado para a parede, lembra?
Seria uma espécie de chave pra se comunicar. Com quem?...ah, essa é outra história.
Mas, nada te convence né?...O mundo é ótimo pra tentações.
Cristais, ervas e objetos...quais voce guardou?
É, eu sei. Normal. A gente só lembra daquilo que desaparece.
Mas, pense bem, se voce estivesse totalmente com a mente distraída, voce não continuaria a sair a noite e olhar pra cima. Isso mesmo! Continue olhando e uma noite qualquer voce vai encontrar a chave novamente, prometo!
Não desista. Sei que nada te convence, mas...sabe se lá.
Ah, e tenha sempre um espelhinho a mão.

domingo, 24 de janeiro de 2010

O que te assusta de verdade?


Ela volta pra casa mais cedo. A casa está no mesmo lugar...ufa!
Gira com preguiça a chave na fechadura, da alguns passos na entrada e olha em volta.
Não...definitivamente não há nada fora do lugar.
Ela volta pra fora da casa. Senta na varanda e olha a rua deserta...DESERTA?...Sim...sim, afinal algo fora do comum. Mas...ora...eis que surge um "ser" subindo a "sua" rua na maior alegria. Olha-o com desânimo, mas não o despreza.
Volta pra dentro da casa. Senta no sofá branco, largo e confortável...mas solitário.
Fica olhando o telefone cinza por alguns minutos(ela sempre acreditou que se olharmos algo por um bom tempo ele age por si só) e desiste afinal.
Levanta-se calmamente, ruma em direção ao quarto mas depois percebe que pode se despir ali mesmo. Olha-se. Faz caras e bocas. E repete seu jeito mil vezes, como que para se auto afirmar perante uma platéia invisivel. Quando enfim se cansa, vai ao seu quarto. E percebe que todos os quartos da casa são seus. Menos aquele onde dorme. Não sabe o motivo, mas desde um dia, desistiu de dormir num quarto só. Estranho?...sim!
Olha pela milesima vez o relógio. Pensa uma bobagem qualquer. E senta-se novamente.
Nao resiste. Olha o relógio mais uma vez e percebe que só se passaram 5 minutos desde que chegou. Sente um cansaço rápido. Afoba-se inexplicavelmente. Levanta e vai até o banheiro. Molha o rosto. Respira fundo. Enxuga-se.
Volta a sala e revê algumas lembranças espalhadas na mesinha do centro. O que é aquilo?... pensa ela. Uma foto antiga, nada mais. Mas a segura por um longo tempo.
Resolve sair...vai até o quarto e troca-se, ou melhor, veste-se, pois lembra que estava nua. Tenta sair do quarto, o relógio desperta. Olha para ele e percebe que não é o relógio, é o telefone. Já estou confundindo as campainhas, pensa ela.
Atende. Alguem do outro lado lhe fala algo sem importancia. Ela concorda sem pressa. Segura a pessoa do outro lado na linha e fala algo sem sentido. A pessoa concorda e desliga de pronto, quase que rudemente. Ela desiste de sair. E sente medo.
Olha a rua novamente e já é noite. Deserta. Apenas os faróis de um carro no fim da rua a fazem sentir-se em casa. A casa que está no mesmo lugar. Ela não!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pela janela


Minha amiga bruxa ainda está lá na tôrre. Mas ela consegue ver tudo a sua volta. O que acho muito bom...pra todos.
Afinal, alguem tem que ficar de ôlho nesse mundo né?
Pode ser que as coisas saiam da trilha algumas vezes, mas...são poucos aqueles que se preocupam com o andamento dessa nave. Digamos assim: navegamos num veículo que requer manutenção, todo minuto. E percebemos que tem pouca gente habilitada. E esses poucos estão na luta diária...arrumando aqui e ali, remendando, tapando...Cara, é trampo pra caramba.
Mas, mesmo da tôrre, ela consegue. Isso me deixa mais seguro. Meu universo agradece!
Você é imprescindível!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Isso vai dar o que falar


Tata é uma garota! E gosta(será?)de um garoto de nome desconhecido, até porque nem é interessante(palavras dela). Ela sonha muito em ser rica, descolada e livre. Marcou um encontro na praça central(coisa brega, segundo ela). Não contou pra ninguem se houve encontro, nem o que aconteceu depois. Mas, atentem bem, ela me parece bem teimosa, pois um dia antes de seu aniversário, fugiu pra casa da avó e não falou pra ninguem. Os pais, claro, ficaram surtados, mas a avó, que é meio surda, acabou revelando o paradeiro dela. A festa foi meia bôca, tipo amiguinhos e primos/primas, e Tata sonhando acordada. Não vamos chamá-la aqui de garota familia, ok? Mas ela diz que adora os pais e o irmão mais novo. O que não a impediu de fugir. Diz que foi só pra descobrir seu lugar no mundo. Porque teimosa? ahhh, sim.
Comprou umas roupinhas coloridas, foi pra faculdade e imaginou-se universitária.
Vai em festas. Tem celular da moda. Orkut/msn/e adora twitar.
Não tem namorado! Diz que é perda de tempo, afinal vai acabar casando de qualquer maneira.(palavras dela)
Bióloga! Ela leu essa palavra num anuncio de uma faculdade na televisão. Legal né?
Chata!!!(palavras de um amiguinho dela)
Uma graça!(palavras da avó meio surda)
Hiperativa!(palavras do pai)
A mãe não faz comentários.
Tata usa óculos. Lindos, diga-se de passagem. Mas não vê melhor porisso.
Tata analisa suas amigas. Já elegeu suas 3 melhores. E andam sempre juntas.
Tata tem 32 anos...e ainda chora a noite.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Consegue imaginar?


Um ponto de partida...comece assim.
Nada de grandes expectativas. Nada de veículos extravagantes. Aproveite a jornada.
A pé. Bicicleta? òtimo!
Bem simples. Roupas simples. Descalços. Sem dinheiro? Sem problemas.
Trabalhe em cada parada. Curta o sol, a chuva ou a neve. Nua.
Pense em alguem. Mas não queira estar lá.
Durma um pouco a noite. Beba vinho, não muito. Se alguem te oferecer um cafézinho, aceite na hora...Isso é muito raro, não perca por nada esta oportunidade.
Levante cedo, respire fundo e se movimente, por qualquer motivo ou necessidade.
Olhe bem de perto algumas flôres ou plantas, voce não paga nada.
Não fale alto. Ouça muito. Não discuta. Debata!
Seja um pouco louca...pouco na medida de ser notada e não prêsa.
Ria baixinho as vezes. Sonhe alto...muito!
Conte os segredos do universo pros outros, mesmo que sejam só fruto da sua imaginação, as pessoas precisam de alguem que ilustrem suas vidas.
E ande sempre em direção ao horizonte...em algum lugar voce vai chegar.
Somos assim...sempre...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Algumas opções


Há sempre uma escolha. Sempre!
Não importa quem a faça, ou a que propósito sirva, lembre bem. Voce não precisa se desfazer de algo ou acrescentar, as vezes, só a sensação nos preenche.
E o mais importante: não há necessidade urgente...
Voce é apenas o que os outros pensam...para "os" outros!
E para você? Qual seu ponto de vista em relação a voce mesma?
E quando voce decidiu que seria uma extensão do meio em que vive?
Aliás, quem deveria fazer as perguntas é voce!
Ou voce fez uma escolha simples?
Ah...isso seria um bom argumento. Claro que colocaria as questões em nivel bem básico, mas...rssss...não sou básico.
Essa complexidade toda motiva sempre um debate, coisa aliás que me dá prazer. E gosto de ver seu jeito desesperado ao ser convidada para um debate. Gosto de te ver apavorada e sem rumo ao ter seus argumentos despedaçados. Ah, voce é tão fragil.
Quase um cristalzinho que se perdeu da rocha e está a ponto de se estilhaçar.
Não...não tenha medo de se reconstruir. É a sua melhor chance de poder ver quantos pontos de vista existem além do seu.
Lembre-se: não sou a sua parte...somos sua contra-parte. O inimigo, pode acreditar!