Há muito tempo! Tempo demais que ouço a mesma frase, que já parece sentença: "Só eu sei o que vivo."
Sim, só voce sabe. E, de comum acôrdo com seu travesseiro, ninguem mais.
Porque?
Me desculpe, mas...só você sabe.
Faz segredo. Sussurra nos corredores. E ninguem ouve.
Chega a imaginar que fazem conspiração. Desvia os olhares. Sorrí no canto dos lábios. Dissimula.
E tudo isso pra não dizer que gosta. Pelo fato de que não te respeitaram, diz você.
Um dia.
E aproveitou a desculpa. Fechou-se num mundo onde há contrôle.
Confôrto.
E nada mais, fora dele, faz sentido. Nós, os que ficamos de fora, somos altamente culpados. Sem apelação. Uma sentença.
Resolveu encontrar sem procurar. E acredita que achou.
De noite, olha ao redor e vê o seu mundo perfeito. Limpo. As pessoas que ali habitam são quase plásticas.
E dizem "sim". Acha bom. Pra que buscar?
Pra que andar na chuva?
Porque esperar?
E sabe que um sonho pode mudar tudo isso. Mas não dorme. Diz outra palavra: Vive!
E sabe das pessoas que põe em perigo esse universo. Afasta-se. Novas amizades são renovação, diz.
Tem medo das sombras. Elas estão em toda parte.
Quem ficou lá atrás não importa mais. Por mais que seja relevante.
Não há o que pensar, diz. Esse é presente que escolheu. Tem o poder supremo de preservá-lo.
E colocar uma porta trancada na entrada.
sábado, 18 de dezembro de 2010
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