sexta-feira, 19 de novembro de 2010

For Elizabeth

Não ví você. Pudera. Não me lembro da sua cara. Nem sorriso nem chôro. Nem um piscar de olhos por qualquer cumplicidade. Nem um grito de dor ou um sussurro apaixonado.
Não me lembro. De seu caminhar lento, tentando deixar pra trás todo mundo. Do seu aceno no fim da rua. De tentar esconder uma carta. De sofrer sozinha. Não me lembro, sério.
Talvez eu não queria ver você. Ou seria o contrário? Tenho minhas dúvidas.
Mas, quer saber? Gosto do falar seu nome. "ELIZABETH"
Mas não consigo ver sua cara. E não me lembro se voce realmente quis sumir da minha vida. Não me lembro da briga(se houve), nem da palavra dita na hora errada(será?) e muito menos de ter saído correndo de casa.
Não me lembro da sua vontade de querer olhar a rua, nem das pessoas que entraram na sua vida pela porta ao lado, não me lembro.
Gostaria de lembrar. Nem se fôsse por um segundo. Pra poder reativar minha memória nestes arquivos que nosso HD deleta meio que falsamente.
Sabe, é dose sentir isso. È over!
Olha Elizabeth, entenda, não me lembro da sua frase famosa (se é que voce disse), que eu não seria seu ponto de equilíbrio pelo fato de não entender porque as coisas tem que ser sempre assim. "Assim" como, minha amiga?
Não me lembro de mais nada. Ah...na verdade, lembro sim. De uma simples e pobre imagem.
De nós dois. Numa tarde qualquer. Numa época não muito distante. Eu não vejo você nela. Foi onde entendí o que significa deletar alguem da sua vida.
Abraços

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