sábado, 5 de abril de 2008

One night in St Louis

Chove na ilha...mas, ah, ontem a noite não...estrelas e tudo o mais(?)...dava pra ver o farol ao longe...e como sempre, fui tomar um café na varanda. Um navio estava deixando o porto de Delos e divaguei com ele até desaparecer na noite...imaginando a ultima vez que embarquei e fiz um passeio através de um rio nos estados unidos...noite igual a essa, só com uma pequena diferença: the shining moon!...uau...brilhava muito; E claro, estava no deck apreciando meu drink quando ví um bote se aproximando e comecei a prestar atenção.
E sou bom nisso...observando os personagens daquele pequeno episódio do meu passeio, em menos de meia hora, já havia obtido as informações que precisava. Um carro havia sofrido um acidente corriqueiro perto do pântano e a unica saída para os passageiros era um bote que os levaria até o barco(em que eu me encontrava), que estava passando naquele lugar nesta hora. Subiram duas mulheres, uma loira e outra morena, Elizabeth e Liv...e após se instalarem, foram jantar, já que só chegaríamos a St Louis dentro de duas horas. Mas, voltando a minha solidão, encostado a barra da amurada, fiquei noite afora...observando o rio, com seus mistérios e lendas, aliás, ouvidas ali mesmo por um dos passageiros, na roda que se formou a minha volta. Ao me virar e seguir até o restaurante, encontrei Liv...bem, foi uma topada literal...rsss, mas enfim, após as desculpas, percebo que atrás daquele sorriso enigmático havia algo...sou assim mesmo, sorry, vivo buscando a atlãntida lá em Santorini...fazer o que né?...enfim, ela seguiu e deixou cair um batom acho...e eu num reflexo de tempos antigos, o peguei e chamei sua atenção...mas não era um batom, não...era uma espécie de cápsula cilindrica com uma inscrição estranha...(ahhhh, essa história fica pra uma outra vez)...e ao devolve-la, Liv me pergunta o nome do rio...o que nos faz conversar por um longo tempo...contando coisas do mundo e das pessoas...e de nós mesmos, o que me faz imaginar como é precioso o tempo que passamos com uma pessoa doce. Precioso e caro...muito caro; Nos faz querer eternizar qualquer lembrança daquele momento...Capturar uma fragrancia, aprisionar um olhar, um sorriso...e guardar dentro do coração para ter a certeza que a lembrança não se apague...Uma pessoa doce tem o dom de nos acalmar...bem no meio de uma tempestade; Seu toque produz magia...fica aquela estrelinha brilhando dentro de seus olhos, a algumas borboletas voando dentro dos ouvidos. Uma pessoa doce faz a gente querer o mundo inteiro assim...mas aí seria o paraíso...e teríamos anjinhos atirando flechas por todo o lado?...Mais importante: uma pessoa doce fala em ondas...que nos lembra o oceano, que me lembra a ilha, que me lembra sua silhueta na praia, que me faz voltar a varanda, nessa noite estrelada e para meu café...Ah...conhecer voce foi tão bom...e olhando a praia nessa hora, fico feliz em poder me lembrar bem de voce...posso imaginar um barco chegando ao porto e quem sabe, dentro dele, voce desça pela escada e pegue uma bicicleta daquelas do porto e venha até minha casa, para dividir o café...trocar figurinhas...idéias...e quem sabe, a gente rí um pouco das coisas que ainda podemos fazer...mas começa a chover agora...e chove fino...e o friozinho vai se instalando sorrateiramente...o que me faz entrar...e imaginar ainda uma vez como seria com voce aqui...bem...a musica continua tocando...
Simply Red/Stars

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