domingo, 30 de março de 2008

Sobre coelhos e vacas...

15 graus no ambiente lá fora...hum...um solzinho meia boca e eu olhando o dia de minha sala...bom, quando me bate essa sensação, resolvo fazer coisas meio desconexas.
Tipo sair de casa por nada e justificar pra minha consciencia que fiz algo...'tá bom!
Em 1890, um homem, que era cheio de inventar trecos, e muito famoso em sua cidade de origem, acho que austríaca, se não me engano, resolveu acordar com o espirito igual ao meu...era manhã de novembro...fria...muito fria...e ele imaginou que o fato de ficar dentro de casa era inconcebível diante da maravilha de...sentir o frio na pele, enquanto os resto das pessoas resolvia ficar dentro de casa, sãs e salvas.
Ele era prático, tipo alguem que quando quer algo, não pede...faz!...apesar de algumas tarefas do dia a dia, era necessário um ajudante...e ele foi acordar o coitado, que, claro, levantou xingando até a sexta geração de alguma familia; Pois bem...saíram os dois pelo campo até encontrar um coelho...tentando sobreviver, comendo algumas raízes. O velho e o ajudante pararam diante do coelho que tambem parou de comer e ficou olhando, meio que receoso, mas imóvel diante dos dois, como a imaginar o que seres humanos faziam naquele frio.
O velho fez algums anotações e pediu para o ajudante pegar o coelho...apesar dos protestos, lá foi o rapaz correndo e pulando atras do animalzinho...aí, claro, o coelho viu que a coisa não era boa e saiu em disparada, encontrando uma toca e desaparecendo...diante da derrota, o rapaz se desmanchou em explicações e acabou ouvindo um "ínútil" do velho, que a essa altura, já estava quase azul por conta do frio.
Mais adiante, uma vaca pastava calmamente, quando percebeu a chegada dos exploradores...mas, continuou sua atividade...e o velho já escrevia trêmulo...meio que embaralhando as letras no papel...e o ajudante agora com medo dele pedir para pegar a vaca...
Foi desconversando...olhando a paisagem e dizendo que mais a frente poderiam ver pássaros da neve...Nisso, o velho desmaia. O rapaz fica sem ação. Estava muito frio, o que deve ter levado a uma crise...de idade talvez...mas o rapaz tenta reanima-lo...e após muitos "acorde" e outros chamamentos, o velho abre os olhos e diz em voz sussurrada: "enfim posso dizer que somos animais".
Claro que o rapaz não entendeu...mas ficou feliz de poder voltar para casa com o velho...e eu poderia dizer que viveram felizes para sempre...Mas, volto a minha sala, tentando explicar a minha consciencia que lá fora talvez não haja coelhos nem vacas e que talvez esse tempo não atraia tantos "animais" assim. Vamos pensar da seguinte maneira: a gente vive correndo...levanta-sai-trabalha-volta-se alimenta-sai-trabalha mais um pouco-sai-volta-e fica nesse movimento o dia, a semana...enfim...é bom tirar alguns momentos para fazer... nada.
Ah...claro...não faz frio onde voce vive...sol e uma boa vista...certo?...quem tem medo de um dia de frio?
E a propósito: não vou te visitar neste verão...vou ficar aqui ouvindo
Roberta Flack/Killing me softly

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